sábado, 30 de março de 2013
O poder dos Exercícios cognitivos
Logo nos primeiros contatos com os conceitos da neurociência, somos ensinados a submeter nosso cérebro a desafios cada vez mais maiores e inusitados sem o qual não seria possível construirmos nossa história de vida. Como disse o neurocientista miguel nicolelis na série Cérebro-máquina de aprender, exibido no jornal da globo: "Fazer só palavra cruzada não é a solução, mas usar e manter o cérebro sendo desafiado continuamente, intelectualmente. É quase como um músculo. Se você para de usar o músculo, tem uma atrofia. O cérebro é muito assim"
E é com base neste conceito que o site "Cérebro melhor" oferece um poderoso programa de exercícios com o objetivo de melhoras significativas nos processos cognitivos como atenção, memória, linguagem, raciocínio lógico e visão espacial. O que deixa o site com muita credibilidade é que ele foi desenvolvido como o próprio site diz, por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, neurologistas, neurocientistas, geriatras, neuropsicólogos, psicólogos cognitivos e cientistas da educação. O programa de exércicios do site foi desenvolvido e testado na frança pela equipe do Dr Bernard Croisile. No Brasil conta com o apoio e recomendação da neurocientista Suzana herculano houzel. Por tudo isso e muito mais que você só descobrirá acessando e praticando o exercícios propostos no site.
Acesse o site Cérebro melhor http://www.cerebromelhor.com.br e compartilhe conosco seus progressos.
Grande abraço.
fabio junio almeida prates
sexta-feira, 29 de março de 2013
Estimulação magnética transcraniana
Durante muitos séculos e em diversas civilizações os métodos utilizados pela medicina eram invasivos, ou seja, era necessário que cortasse e perfurasse num processo bastante doloroso partes do corpo humano para aplicação de seus métodos terapêuticos. No entanto, é relevante mencionar que essas civilizações tinham uma estreita ligação com o lado religioso, que fazia com eles usassem por exemplo o método chamado trepanação com o objetivo de expulsar os maus espíritos e demônios dos pacientes. Trepanação é um processo de fazer um buraco no crânio. Segundo historiadores a taxa de sobreviventes à esse método na idade média era cerca de 70%. Mas por volta dos séculos XIV e XVIII essa taxa caiu a zero devido a imperícia dos profissionais da época.
Hoje graças aos avanços tecnológicos na medicina, os métodos estão cada vez menos invasivos.É o caso da estimulação magnética transcraniana (EMT) que se caracteriza por ser um método terapêutico não invasivo para o tratamento de transtornos psiquiátricos, como a depressão e transtorno bipolar. Esse tipo de tratamento se constitui em grande alívio e esperança para pacientes que não respondem bem ao tratamento com medicamentos e psicoterapia cognitivo comportamental. Estima-se que a taxa de rejeição é de aproximadamente 25%. E mesmo aqueles que respondem bem ao tratamento com medicamentos, enfrentam o inconveniente dos efeitos colaterais destes medicamentos. Como exemplo de medicamento com sérios efeitos colaterais podemos citar os antidepressivos, que podem causar disfunção erétil, retenção urinária, alergias de pele, náusea, tontura, tremores e etc.
Como funciona
A estimulação magnética transcraniana consiste em colocar uma bobina sobre o couro cabeludo. Essa bobina gera um campo magnético que induz uma corrente elétrica e estimula áreas cerebrais com desordens neurais. A grande vantagem é que diferente dos antidepressivos, a EMT atinge diretamente a area desorganizada especificamente no córtex cerebral. Segundo o médico neurologista rafael higashi do centro médico atenas, a EMT é um dos maiores avanços em termos de tratamento de doenças neurológicas e psiquiátricas . E diz mais: "até pouco tempo atrás para estimular areas cérebrais não era possível sem fazer cirurgia.Porque antes de estimular, você tem o osso, pele e as meninges. Com a EMT com a biotecnologia, você consegue hoje, estimular exatamente e diretamente areas cerebrais no córtex cerebral para tratar doenças neurológicas e psiquiátricas"
Explicando mais a fundo, rafael higashi explica que existem determinadas doenças psiquiátricas e neurológicas em que regiões específicas precisam ser ativadas. Como exemplo, temos a depressão, onde uma região chamada dorso lateral do córtex pré-frontal localizada no lado esquerdo está hipoativada, ou seja, que não está ativada.Neste caso através da estimulação magnética transcraniana nesta região hipoativada é possível tratar e melhorar a depressão.
Origem
No início do seculo xx dois médicos psiquiatras austríacos Adrian pollacsek e Berthold Beer patentearam na cidade de vienna um aparelho eletromagnético muito semelhante a EMT para tratamento da depressão e neurose. Mas a a EMT como é conhecida hoje em dia foi desenvolvida pelo Dr Antony Barker e colaboradores do departamento de fisíca médica e engenharia clínica do hospital Royal Hallamshire, na universidade de Sheffield, Inglaterra em 1985.
Depressão
Segunda a organização mundial da saúde é atualmente a quarta causa de incapacidade no mundo. Estima-se ainda que em 2020 será a segunda perdendo apenas doenças cardíacas. Diante desta gravidade a EMT se torna acentuadamente importante, ainda mais que é um método totalmente não invasivo que livra as pessoas dotadas deste transtorno dos efeitos colaterais encontrados nos medicamentos. No entanto, é importante frisar que a EMT não serve apenas para a depressão, mas varios outros transtornos como parkinson, acidente vascular cerebral, enxaqueca e etc.a diferença é que a depressão por ter mais tempo de aplicação para sua remoção, tem-se um melhor prognóstico. Mas os avanços da EMT está cada vez permitindo que outros transtornos tenha o mesmo ou um prognostico melhor.
Para saber mais a fundo acerca deste importante tema, recomendo que assistam os vídeos abaixo do médico neurologista rafael higashi do centro médico atenas e do psiquíatra hélio borges pela associação brasileira de psiquiatria e psicoterapeuta em formação em gestão terapia e psicoterapia cognitiva.
Referências
Psique, revista- violência psicológica, dossiê estimulação magnética transcraniana (2011) edição 71, ano VI
domingo, 24 de março de 2013
Neuroplasticidade__ Nossa capacidade de aprender
Durante muitos séculos acreditava-se que nosso cérebro não era capaz de desenvolver novos neurônios após o nascimento. Este paradigma fez com que o mundo permanecesse durante séculos em estado pré-histórico. Mas graças à alguns homens que ousaram questionar a teoria vigente, hoje temos o privilégio de experimentar toda a regalia tecnológica devido à mudança de paradigma com relação ao cérebro. No início não foi fácil. Primeiro, faltava na época equipamentos e técnicas de pesquisa que inviabilizava um estudo mais ponderado e preciso. As teorias eram mais baseadas em crenças pessoais e suposições. Segundo, o domínio que a religião exercia sobre os povos cuidava de inviabilizar e demonizar qualquer tentativa de desenvolvimento, principalmente com relação ao corpo. Mas depois de muitas guerras e discussões temos hoje um novo conceito, que preconiza a capacidade humana de adquirir novos conhecimentos. Sabe-se hoje, que aprender envolve a formação de novos circuitos e conexões neurais, sendo possível aprender em qualquer época ou idade.
Neuroplasticidade ou plasticidade cerebral, é a capacidade que nosso cérebro tem de construir novas conexões neurais e modificar suas estrutura através da associação entre o conhecimento que temos com novas informações que surgem no ambiente. Essa capacidade de formar e reorganizar sua estrutura neural é que possibilita nosso aprendizado durante toda a nossa vida.
Os caminhos ou rotas que vemos quando vamos numa fazenda ou roça, eram antes um excesso de matos. Mas a medida que as pessoas foram derrubando esses matos e passando por eles, formou-se um caminho limpo e viável para passar.
Algo semelhante acontece quando nos expomos a uma nova informação. A exposição constante determina mudança significativas na estrutura neurobiológicas do nosso sistema nervoso, possibilitando a retenção definitiva da nova informação em nossa memória de longo prazo.
O contrário também é verdadeiro, o desuso e o sedentarismo cerebral faz com que aconteça uma atrofia. É como se as pessoas deixassem de passar pelo caminho que foi formado e ele consequentemente se tornasse inviável para passar novamente. É o que disse o neurocientista brasileiro miguel nicolelis na séria "cérebro-máquina de aprender, exibido no jornal da globo : “Fazer só palavra cruzada não é a solução, mas usar e manter o cérebro sendo desafiado continuamente, intelectualmente. É quase como músculo. Se você para de usar o músculo, tem uma atrofia. O cérebro é muito assim”.
Para fechar o post de hoje eu recomendo que você assista os vídeos abaixo incluindo o primeiro episódio da série: cérebro- máquina de aprender do jornal da globo:
Neuroplasticidade ou plasticidade cerebral, é a capacidade que nosso cérebro tem de construir novas conexões neurais e modificar suas estrutura através da associação entre o conhecimento que temos com novas informações que surgem no ambiente. Essa capacidade de formar e reorganizar sua estrutura neural é que possibilita nosso aprendizado durante toda a nossa vida.
Os caminhos ou rotas que vemos quando vamos numa fazenda ou roça, eram antes um excesso de matos. Mas a medida que as pessoas foram derrubando esses matos e passando por eles, formou-se um caminho limpo e viável para passar.
Algo semelhante acontece quando nos expomos a uma nova informação. A exposição constante determina mudança significativas na estrutura neurobiológicas do nosso sistema nervoso, possibilitando a retenção definitiva da nova informação em nossa memória de longo prazo.
O contrário também é verdadeiro, o desuso e o sedentarismo cerebral faz com que aconteça uma atrofia. É como se as pessoas deixassem de passar pelo caminho que foi formado e ele consequentemente se tornasse inviável para passar novamente. É o que disse o neurocientista brasileiro miguel nicolelis na séria "cérebro-máquina de aprender, exibido no jornal da globo : “Fazer só palavra cruzada não é a solução, mas usar e manter o cérebro sendo desafiado continuamente, intelectualmente. É quase como músculo. Se você para de usar o músculo, tem uma atrofia. O cérebro é muito assim”.
Para fechar o post de hoje eu recomendo que você assista os vídeos abaixo incluindo o primeiro episódio da série: cérebro- máquina de aprender do jornal da globo:
quinta-feira, 21 de março de 2013
A atenção no processo de aprendizagem
Intuitivamente, todos sabemos o que é atenção. Sabemos que prestar atenção é concentrar nossa energia mental em um único assunto ou tarefa, deixando outras coisas em segundo plano. Entretanto, este conhecimento intuitivo não garante a otimização deste processo cognitivo em favorecimento do aprendizado. Para o escopo de otimização da aprendizada é necessário entender o processamento da atenção a partir do conhecimento das bases neurobiológicas da atenção, ou seja, como e quais circuitos cerebrais são ativados no momento em que concentramos nossa atenção numa determinada tarefa ou assunto. Isso se torna muito relevante na aplicação pedagógica. Sendo portanto, muito importante para professores, pais e profissionais afins.
Estado de vigilância e alerta
Não tem como falar em atenção sem falar em nível de vigilância e alerta em que o cérebro se encontra em determinada situação. Este aspecto é importantíssimo na manipulação da atenção. No entanto, quando este nível de vigilância está no extremo, à atenção de outros processos cognitivos são sobremaneira prejudicada. Mas a boa notícia, é que nosso cérebro é dotado de um sistema funcional que regula os níveis de vigilância. E o mais importante circuito deste sistema é denominado locus ceruleus (local azul devido sua coloração azulada). Fica situado no mesencéfalo, uma parte do encéfalo logo abaixo do cérebro. O locus ceruleus é o principal transmissor da noradrenalina, um neurotransmissor muito utilizado na estimulação de um neurônio para o outro.Quando a noradrenalina é liberada observa-se um aumento na detecção de estímulos e na capacidade de resposta rápida. E assim a noradrenalina controla o estado de alerta e vigilância, evitando como já foi falado, as consequências negativas de um estado de vigilância extremista.
Circuito orientador
Se você estiver concentrado em qualquer outra coisa e alguém em um grupo próximo citar seu nome, sem que você perceba como, mudará rapidamente seu foco de atenção e se posicionará melhor para ouvir ou ver melhor sobre o que se refere.
Neste exemplo, a primeira coisa que acontece é à ativação de um circuito orientador localizado no córtex do lobo parietal. Esse circuito permite o desligamento de um foco atencional e desloca à atenção para um outro ponto, ao mesmo tempo também em que faz uma espécie de ajuste fino para que a percepção do novo estímulo seja melhor apurado. Dependendo do estímulo, esse circuito previlegia um sistema sensorial ao invés de outro. Como exemplo, pode previlegiar a audiçao em vez da visão.
circuito executivo
Este circuito, nos ajuda a manter a atenção por muito tempo.Além de ser também inibidor de estímulos distraidores. Localiza-se em uma area do córtex frontal: a porção mais anterior de uma região conhecida como giro do cíngulo.
Outra importante função deste circuito, é que ele está estreitamente relacionado com a aprendizagem consciente. No giro do cíngulo, podemos identificar duas areas diferentes : uma que controla e regula a atenção aos processos emocionais.E outro que controla e regula os processos cognitivos.
Uma lesão na região do giro do cíngulo é uma das causas do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH)
Motivação
Todos nós temos nossas preferências por algumas coisas em detrimentos de outras. Essas preferências e interesses é que nos faz querer focar e permanecer por longo tempo com a atenção em determinadas coisas. Podemos observar isso, quando estamos passando pela rua em frente a um bar com a tv ligada. Você talvez nunca pararia ou entraria nesse bar a não ser por causa daquela reportagem que você tanto queria assistir ou o gol que acabou de acontecer de seu time preferido.
Nossa atenção surge mais facilmente quando os estímulos a nossa volta faz parte do nosso universo de preferências. Quando os estímulos se encaminham desta forma, nos sentimos motivados a parar para prestar atenção nos que estamos vendo ou ouvimos. No entanto, muitas vezes não nos sentimos motivados pelas mesmas coisas. A motivação para prestar atenção está estreitamente ligado com a nossa historia de vida. Uma criança que é privada de entretenimento e carinho dos pais terá motivações completamente diferente de uma criança que tem todas essas coisas a sua disposição a todo momento. Um adulto que durante sua infância nunca foi incentivado a ler, possui motivação e consequente atenção totalmente divergente daquele adulto que sempre foi incentivado a leitura e que sempre tem sua atenção despertada quando o assunto é livros.
Diante dessas obervações, é fundamental destacarmos o papel de pais e professores na educação de filhos e alunos. O professor que possui estes conhecimentos acerca de como o cérebro processa e decodifica as informações, saberá sem sombra de dúvidas estabelecer e preparar o ambiente de aulas que irão ativar circuitos cerebrais e farão com que seus alunos se sintam motivados a focar sua atenção nas informações que estão sendo transmitidos.Neste aspecto (infelizmente) nosso sistema de educação precisa ser reavaliado. Os padrões educacionais estão obsoletos em um tempo em que a tecnologia surge e se transforma com velocidade supersônica. Esta deficiência explica porque a grande maioria dos alunos de hoje estão mais interessados em videos games e internet do que seu professor ou professora tem para falar.
Pensar sobre esta questão é necessário e precisa ser aplicado agora. É a neurociência em benefício da educação
fonte: Neurociência e educação: como o cérebro aprende Cosenza, Ramon M.
Estado de vigilância e alerta
Não tem como falar em atenção sem falar em nível de vigilância e alerta em que o cérebro se encontra em determinada situação. Este aspecto é importantíssimo na manipulação da atenção. No entanto, quando este nível de vigilância está no extremo, à atenção de outros processos cognitivos são sobremaneira prejudicada. Mas a boa notícia, é que nosso cérebro é dotado de um sistema funcional que regula os níveis de vigilância. E o mais importante circuito deste sistema é denominado locus ceruleus (local azul devido sua coloração azulada). Fica situado no mesencéfalo, uma parte do encéfalo logo abaixo do cérebro. O locus ceruleus é o principal transmissor da noradrenalina, um neurotransmissor muito utilizado na estimulação de um neurônio para o outro.Quando a noradrenalina é liberada observa-se um aumento na detecção de estímulos e na capacidade de resposta rápida. E assim a noradrenalina controla o estado de alerta e vigilância, evitando como já foi falado, as consequências negativas de um estado de vigilância extremista.
Locus ceruleus (local azul) |
Circuito orientador
Se você estiver concentrado em qualquer outra coisa e alguém em um grupo próximo citar seu nome, sem que você perceba como, mudará rapidamente seu foco de atenção e se posicionará melhor para ouvir ou ver melhor sobre o que se refere.
Neste exemplo, a primeira coisa que acontece é à ativação de um circuito orientador localizado no córtex do lobo parietal. Esse circuito permite o desligamento de um foco atencional e desloca à atenção para um outro ponto, ao mesmo tempo também em que faz uma espécie de ajuste fino para que a percepção do novo estímulo seja melhor apurado. Dependendo do estímulo, esse circuito previlegia um sistema sensorial ao invés de outro. Como exemplo, pode previlegiar a audiçao em vez da visão.
circuito executivo
Este circuito, nos ajuda a manter a atenção por muito tempo.Além de ser também inibidor de estímulos distraidores. Localiza-se em uma area do córtex frontal: a porção mais anterior de uma região conhecida como giro do cíngulo.
Outra importante função deste circuito, é que ele está estreitamente relacionado com a aprendizagem consciente. No giro do cíngulo, podemos identificar duas areas diferentes : uma que controla e regula a atenção aos processos emocionais.E outro que controla e regula os processos cognitivos.
Uma lesão na região do giro do cíngulo é uma das causas do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH)
Local do giro do cíngulo no córtex frontal |
Motivação
Todos nós temos nossas preferências por algumas coisas em detrimentos de outras. Essas preferências e interesses é que nos faz querer focar e permanecer por longo tempo com a atenção em determinadas coisas. Podemos observar isso, quando estamos passando pela rua em frente a um bar com a tv ligada. Você talvez nunca pararia ou entraria nesse bar a não ser por causa daquela reportagem que você tanto queria assistir ou o gol que acabou de acontecer de seu time preferido.
Nossa atenção surge mais facilmente quando os estímulos a nossa volta faz parte do nosso universo de preferências. Quando os estímulos se encaminham desta forma, nos sentimos motivados a parar para prestar atenção nos que estamos vendo ou ouvimos. No entanto, muitas vezes não nos sentimos motivados pelas mesmas coisas. A motivação para prestar atenção está estreitamente ligado com a nossa historia de vida. Uma criança que é privada de entretenimento e carinho dos pais terá motivações completamente diferente de uma criança que tem todas essas coisas a sua disposição a todo momento. Um adulto que durante sua infância nunca foi incentivado a ler, possui motivação e consequente atenção totalmente divergente daquele adulto que sempre foi incentivado a leitura e que sempre tem sua atenção despertada quando o assunto é livros.
Diante dessas obervações, é fundamental destacarmos o papel de pais e professores na educação de filhos e alunos. O professor que possui estes conhecimentos acerca de como o cérebro processa e decodifica as informações, saberá sem sombra de dúvidas estabelecer e preparar o ambiente de aulas que irão ativar circuitos cerebrais e farão com que seus alunos se sintam motivados a focar sua atenção nas informações que estão sendo transmitidos.Neste aspecto (infelizmente) nosso sistema de educação precisa ser reavaliado. Os padrões educacionais estão obsoletos em um tempo em que a tecnologia surge e se transforma com velocidade supersônica. Esta deficiência explica porque a grande maioria dos alunos de hoje estão mais interessados em videos games e internet do que seu professor ou professora tem para falar.
Pensar sobre esta questão é necessário e precisa ser aplicado agora. É a neurociência em benefício da educação
fonte: Neurociência e educação: como o cérebro aprende Cosenza, Ramon M.
sábado, 9 de março de 2013
Expressões númericas e sua memória___ Lembra como resolve?
Navegando um pouco pelo site Neurociências em benefícios da educação encontrei um teste para memória muito interessante. Apesar de todos nós já termos aprendido sobre expressões numéricas lá por volta do ensino fundamental, na verdade é um desafio para nossa memória. O que deixa o desafio mais atraente, é que inicialmente tendemos a subestimar o problema.
Talvez, subestimando o desafio você tenha respondido 1
Mas quando recordamos as regras de resolução de expressões numéricas vemos que:
Com base nisso, nos surpreendemos com a resposta: 7
segunda-feira, 4 de março de 2013
Nosso cérebro é fascinante
Não tem mais como negar___ o cérebro humano é o patrimônio mais rico e poderoso que um ser humano pode ter. Esta importância tornou-se acentuada à medida que o próprio ser humano descobriu que tudo que
ele criava não era nada mais que uma extensão do que existia em seu próprio cérebro. Afinal de contas, é verdadeiro o pensamento que diz que "a criatura nunca será maior que seu criador". A maquina mais sofisticada que conhecemos, não chega nem perto de se comparar com a imensidão super, mega e ultra sofisticada da fonte que lhe deu origem.
A tecnologia existe a pouco menos que 100 anos e já mostrou ao mundo seu surpreendente repertório. Na verdade, um verdadeiro "arsenal" pronto para atacar qualquer campanha anti-desenvolvimento. Diante desse quadro, é impossível não nos rendermos diante do progresso tecnológico. Um progresso que merece honra e admiração. Entretanto, essa tecnologia tão fascinante, é filha de uma estrutura muito mais poderosa e complexa que faltariam palavras para descrever sua beleza contagiante.
O fato do cérebro humano está no foco de todas as ciências biológicas, evidência de maneira simples que existe um "universo" infinito a ser explorado. Significando, que não existem limites para descobertas cada vez mais fantásticas.O único limite é a falta de curiosidade e à ausência da vontade de aprender.
Este fascínio transborda, quando paro para analisar os circuitos cerebrais em funcionamento.Isto é possível graças ao surgimento e avanço da neurociência . Com isso, é possível saber por exemplo, que o ato de você está lendo estas palavras envolve à ativação de vários circuitos neuronais ligados á visão. A leitura como um estímulo visual é levado pelas vias ópticas até o córtex cerebral (a camada mais externa do cérebro) onde as palavras são reconhecidas (torna-se consciente) sendo finalmente conduzida até a área de wernicke (região do cérebro responsável pelo conhecimento, interpretação e associação das informações).Nesta região, a palavra escrita é por fim decodificada.
Outra coisa fascinante é o que acontece quando estamos diante de uma situação que nos inflige medo (real e imaginário). Nosso corpo se prepara de uma maneira impressionante para uma resposta de luta ou fuga. A amígdala responsável por acionar o botão do pânico envia em forma de impulsos nervosos mensagens ao hipocampo. O hipocampo neste caso, atua como o despertador da parte superior das glândulas suprarrenais. Essas glândulas produzem e enviam o hormônio cortisol (conhecido como hormônio do estresse). A função do cortisol neste caso é aumentar rapidamente a glicose sanguínea para servir como uma energia extra. E a medida que a situação estressante é interpretada como iminente e acentuada, as glândulas suprarenais aumenta sua produção com secreção para estimular o músculo do coração. O coração então, começa a bater mais rapidamente devido ao aumento da velocidade de bombeamento. Algumas artérias também se contraem diminuindo desta forma o suprimento de sangue. O que permite ir mais sangue para os músculos para a fuga ou o enfrentamento. E tudo isso que acabei de explicar é o mínimo do que acontece quando estamos diante de situações de estresse, levando o corpo a usar sua sobrecarga de energia para evitar o desastre. Mas é importante frisar que nem sempre reagimos desta forma diante de situações reais. Nosso cérebro as vezes quer tanto nos proteger que passa a ver perigo em qualquer situação que pareça realmente ameaçador. Por essa razão, primeiro reagimos ao que é ou ao que parece, só para depois termos a real consciência do que realmente é. Acontece que a parte consciente processada no córtex cerebral, demora mais para chegar (falarei especificamente sobre isto em outro post).
Existe tantas coisas para falar sobre o cérebro que uma década seria pouco. E só para você ter mais ideia do potencial do nosso cérebro, um estudo publicado pela revista superinteressante cita uma estimativa de cientistas da universidade stanford de que se fosse possível criar um computador com o mesmo número de circuitos do cérebro, ele consumiria uma quantidade absurda de eletricidade de aproximadamente 60 milhões watts por hora. Segundo esta estimativa, isto equivale a quatro usinas de Itaipu trabalhando simultaneamente superinteressante.
Estas são apenas algumas resumidissímas observações acerca deste fascinante e hiper inteligente orgão de 100 bilhões de neurônios, capaz de processar as informações numa velocidade de aproximadamente 350 km de um neurônio pra outro. E você e nós todos não precisamos invejar ninguém. Afinal de contas, temos um a nossa disposição para ser usado a qualquer hora.
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